quarta-feira, 29 de setembro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
.this is not a love song.
Numa noite de sol, pontos amarelos saltam do asfalto e infinitizam meu olhar. Eu, radiante, amarela e anoitecida. Com a pele desse asfalto na minha, descanço em paz. Deito com o rumor dessa imagem e uma canção a ecoar. This is not a love song.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
.das coisas que escuto por aí. ( I )
desventura
tarde de sábado
saiu para jogar bola
entrou no carro
abaixou para amarrar o cadarço
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perdeu os dentes
terça-feira, 14 de setembro de 2010
.a vida a escorrer e correr.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
estética relacional
maurizio cattelan
Você entrou. Assim começa um texto de Foucault chamado a força de fugir. Fiquei pensando sobre isso.... as vezes para traçar fugas é necessário estar dentro, saber-se dentro. Assim segue também algumas práticas artísticas contemporâneas, instalações e intervenções que se impõem. Quando se vê, estamos dentro. Já está dentro nós. Dentro de quê? O que pode esse dentro? Como instaurar o fora no dentro, lançar o dentro para fora? Dentro do fora talvez seja adequado. Falando da vida e pela vida, podemos pensar o dentro como nosso próprio cotidiano, no alcance de nossas mãos. O cotidiano como campo de explorações diversas. Nicolas Bourriaud lança o termo "estética relacional" e afirma que as práticas artísticas contemporâneas consideram o intercâmbio humano como objeto estético em si, uma estética relacional na qual a arte somente ganha vida e forma na medida em que dispara interações e processos sociais. Produção de espaços-tempos relacionais; socialidades alternativas; experiências inter-humanas que tentam se libertar. No modo como se representa-apresenta a realidade, as expressões artísticas se valem da distância que demarca a coexistência de si mesma e da realidade para pulverizar contornos e formas já esperadas. Cria um vácuo de estranhamento, valendo-se inclusive do que nos é familiar, fazendo ruir heurísticas e atalhos cognitivos já convencionais. Num deslizamento das margens que demarcam o dentro/fora, bonito/feio, bom/mal, etc., a arte alcança um deslocamento de percepções e afecções habituais, destituindo um território acostumado e inaugurando um espaço a ser criado. Assim caminha o L.I.X.O in-process. Se valer do inútil, do descartável e do invisível como um dispositivo de proliferação de relações que escapam ao convencional mesmo que dela se valham. Uma proposta simples que visa provocar relações singulares com o supostamente desnecessário, instaura o fora no dentro. Fica a dica de dois livros publicados por Bourriaud pela Martins Fontes: "Estética Relacional" e "Pós-produção: como a arte reprograma o mundo contemporâneo". Segue um vídeo-documentário no qual Ben Lewis entrevista alguns artistas plásticos e também o pŕoprio Bourriaud vídeo-estética relacional
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
-caramujo é uma solidão que anda na parede- (manoel de barros)
Tempo de passagem pela lente e pelo olhar. Tempo desnecessário ao próprio tempo deste que olha e registra. Tempo lento que escorre pelas rugas da parede úmida. Rastro que imprime o instante e se esvai.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
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