maurizio cattelan
Você entrou. Assim começa um texto de Foucault chamado a força de fugir. Fiquei pensando sobre isso.... as vezes para traçar fugas é necessário estar dentro, saber-se dentro. Assim segue também algumas práticas artísticas contemporâneas, instalações e intervenções que se impõem. Quando se vê, estamos dentro. Já está dentro nós. Dentro de quê? O que pode esse dentro? Como instaurar o fora no dentro, lançar o dentro para fora? Dentro do fora talvez seja adequado. Falando da vida e pela vida, podemos pensar o dentro como nosso próprio cotidiano, no alcance de nossas mãos. O cotidiano como campo de explorações diversas. Nicolas Bourriaud lança o termo "estética relacional" e afirma que as práticas artísticas contemporâneas consideram o intercâmbio humano como objeto estético em si, uma estética relacional na qual a arte somente ganha vida e forma na medida em que dispara interações e processos sociais. Produção de espaços-tempos relacionais; socialidades alternativas; experiências inter-humanas que tentam se libertar. No modo como se representa-apresenta a realidade, as expressões artísticas se valem da distância que demarca a coexistência de si mesma e da realidade para pulverizar contornos e formas já esperadas. Cria um vácuo de estranhamento, valendo-se inclusive do que nos é familiar, fazendo ruir heurísticas e atalhos cognitivos já convencionais. Num deslizamento das margens que demarcam o dentro/fora, bonito/feio, bom/mal, etc., a arte alcança um deslocamento de percepções e afecções habituais, destituindo um território acostumado e inaugurando um espaço a ser criado. Assim caminha o L.I.X.O in-process. Se valer do inútil, do descartável e do invisível como um dispositivo de proliferação de relações que escapam ao convencional mesmo que dela se valham. Uma proposta simples que visa provocar relações singulares com o supostamente desnecessário, instaura o fora no dentro. Fica a dica de dois livros publicados por Bourriaud pela Martins Fontes: "Estética Relacional" e "Pós-produção: como a arte reprograma o mundo contemporâneo". Segue um vídeo-documentário no qual Ben Lewis entrevista alguns artistas plásticos e também o pŕoprio Bourriaud vídeo-estética relacional
Que foto...!
ResponderExcluir*Entre o sonho e a realidade eu prefiro a realidade que me permita sonhar. http://jefhcardoso.blogspot.com
Maurizio Cattelan. provocativo!!
ResponderExcluirEu entrei.
ResponderExcluirPronto. Seu blog está na lista de sugestões do "New(d)Nomadology". Farei visitas constantes aqui.
...e você na minha pequenina lista de pessoas com as quais é possível passar uma Vida, digo, uma tarde inteira num parquinho abandonado.
beijos & se cuida aí!
e a arte se volta contra si mesma, assim como nós às vezes.
ResponderExcluirvou voltar aqui mais vezes professora. uhaHA
Este blog é para visitar e voltar!
ResponderExcluiryou are welcome!!! Ever and ever.
ResponderExcluirA arte da vida que nos move.
ResponderExcluiré isso...
ResponderExcluirhttp://www.myspace.com/music/player?sid=64512809&ac=now