terça-feira, 27 de setembro de 2011

-para fabiano um coração que não é de plástico-


hoje recebi 
um presente alegre      



 Os plásticos de Robert@
 
Há uma entrada e um labirinto guiado por onde a caminhada se inicia. Ao iniciado recomenda-se tirar os sapatos e colocar as chinelas!  Mais que sensações, estranhamento e curiosidade. Nenhum grande propósito! A instalação se instala. Uma pequena aventura sem adereços desnecessários. A ausência de, demarca sensações provocantes da obviedade cotidiana não-percebida. O itinerário, plástico! O entorno, plástico num azul tênue de ingenuidade aparente. Nada nomeado a princípio além do acolhimento macio e fofo que torna cômodo o andar entre o azul. Súbito, os pés se prendem ao chão e o caminhar intriga e outro olhar/sentir se inaugura pelo inusitado que retarda os passos e retém a imaginação para o diálogo ainda negado. De momento, a intensidade de um azul-uterino que gesta sensações para viver o lá fora aonde a fábrica dos objetos industrializa nossas percepções. Entre o plástico organicamente instrumentalizado, o arranjo para ultrapassar a palavra e desdizer a convencional percepção das coisas nomeadas. O que é plástico em plasticidade se torna índice de outro sentir dentro e fora da órbita do descartável e consumado. Anda-se sobre plástico e plástico é o entorno que se nega à definição imediata. O tempo negado é o tempo da mediação que aguça os sentidos para o diferente olhar que se instala entre o inútil e a utilidade da reflexão sobre o entorno existente. Ao final da jornada um oráculo instiga responder ao enigma: o plástico nos habita. Como objetos eles constituem nossa segunda genética e está entre nós. Reciclamos nossa existência com e através deles. Com eles andamos e eles se instalam em nossas entranhas; eles aderem ao corpo, dão-lhe beleza e expressão, prestam-se a eficiência da visão, estão junto à leitura, com eles lemos, escrevemos, trabalhamos, cozinhamos, dormimos, moramos, andamos, fazemos amor, odiamos, acarinhamos, decoramos os ambientes, trocamos afetos; com eles mastigamos e são eles mastigados e depois os descartamos como dejetos. Eis o enigma!
                                                      

                                                                                        fabiano  





Um belo texto de alguém que faz viver o que há de arte e vida; muito que é meu vem daí, as grandezas do ínfimo, a amplitude do simples; um olhar apurado para o cotidiano sem perder a poesia.

Meu adorável, admirável, inspirável  Fabiano; um bom orientador passa e permanece,  nunca deixa de ocupar esse lugar. é teu e não é de plástico!




Tudo porque hoje recebi um e-mail assim:

"Roberta, tudo bem? retrucando as suas "provocações plásticas" fiz um texto sobre sua instalação comentando como a senti durante minha visita. Algo por vezes estranho ao meu senso estético, mas sem dúvida, para além do meu senso há outros sensórios da atualidade que se necessitam expressar. Tentei interpretar o enigma. Custou-me boa parte da manhã, entre teses pra ler e pareceres de artigos e <otras cositas más>. Veja o que você faz com o intelecto alheio. Aí segue o texto. Abraços e sucesso com seu "lixo in process".   fabiano 



quarta-feira, 21 de setembro de 2011

-plástico orgânico-


Créditos especiais para Dérbiz pela edição do vídeo e agradecimento a ela e ao Jean pela ajuda na montagem da instalação.



Você entrou. 
Caminhou sobre um tapete de pequenos prazeres,
tropeçou no peso de seus próprios pés e nada, somente plástico. 
Aqui tudo tudo é de plástico, paredes, chão e altar.

O plástico está em todo lugar; aqui, aí, onde sequer imaginamos ele está.
Na sua pele ele está. Na sua roupa. Na sua cara. No seu pé. Braço.
Corpo inteiro (dentro e fora).
Eu compro, jogo fora, descarto, reutilizo, derreto, vendo, troco, torço e mastigo.
O plástico é orgânico, só existe porque o homem existe e o produz.
Não sei se sei, pressinto ou antecidpo, mas percebo que tudo é de plástico mesmo.
O que sinto, desejo, vivo, respiro; como ando, penso, sou e olho. 
Uma vida de plástico, será isso que vivo?
Olho para minha pele. Me belisco. Sinto e sigo sentindo...  

                              
Realização
Annelise Nani da Fonseca
Odille Mazzetto
Rislene Rissi
Roberta Stubs

 A instalação está montada na biblioteca da UEM e assim permanecerá até o dia 30/09

sábado, 17 de setembro de 2011

- a ontologia do plástico-





A ONTOLOGIA DO PLÁSTICO.

O plástico está em todo lugar; aqui, aí, onde sequer imaginamos ele está. Na sua pele ele está. Na sua roupa. Na sua cara. No seu pé. Braço. Corpo inteiro (dentro e fora).
Eu compro, jogo fora, descarto, reutilizo, derreto, vendo, troco, torço e mastigo.

O plástico é orgânico e só existe porque a gente existe e o produz.








Instalação "plástico orgânico"  - Aberto para visitação de 19/09 a 02/10 na Biblioteca Central da UEM.
.processo de criação.

sábado, 10 de setembro de 2011

-mínimos múltiplos-



contornando os equívocos dos extremos
derivações
  mínimos e máximos múltiplos comuns