Olhei para a mesa do escritório - cheia de papéis, de poeira e de memórias esquecidas. Sabia que somente eu poderia arrumar aquilo tudo. Sabia também da disposição que teria que ter para me confrontar com coisas que remetia à minha desorganização, ao modo como me omiti diante de alguns compromissos e como forjei seriedade em tarefas com as quais eu não estava nem um pouco preocupada. Parecia que cada papel me olhava, folha por folha. Os lápis e canetas esparramados pela mesa também me inquiriam. Foi quando encontrei um bloco de notas cheio de anotações....foi quando me perdi na atemporalidade daquelas palavras esparsas e delas não saí mais. Acho que a mesa continua lá, na verdade, acho que não sei mais o que é uma mesa, papel, caneta e lápis. Hoje sou palavra perdida na palavra mesma, palavra de pensamento, palavra de tempo, palavreado solto e flutuante de memória.
lido, lindo, obrigadoo!!
ResponderExcluiratenção especial para 00performer - Performance é uma questão de autoria.
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(...) palavaras. :)
ResponderExcluirUm devir-papel solto pelo tempo. ^^
ResponderExcluirGostei muito!
vários devires e delirios no papel...palavreado de sentido avulso mas não aleatorio.
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