quarta-feira, 21 de setembro de 2011

-plástico orgânico-


Créditos especiais para Dérbiz pela edição do vídeo e agradecimento a ela e ao Jean pela ajuda na montagem da instalação.



Você entrou. 
Caminhou sobre um tapete de pequenos prazeres,
tropeçou no peso de seus próprios pés e nada, somente plástico. 
Aqui tudo tudo é de plástico, paredes, chão e altar.

O plástico está em todo lugar; aqui, aí, onde sequer imaginamos ele está.
Na sua pele ele está. Na sua roupa. Na sua cara. No seu pé. Braço.
Corpo inteiro (dentro e fora).
Eu compro, jogo fora, descarto, reutilizo, derreto, vendo, troco, torço e mastigo.
O plástico é orgânico, só existe porque o homem existe e o produz.
Não sei se sei, pressinto ou antecidpo, mas percebo que tudo é de plástico mesmo.
O que sinto, desejo, vivo, respiro; como ando, penso, sou e olho. 
Uma vida de plástico, será isso que vivo?
Olho para minha pele. Me belisco. Sinto e sigo sentindo...  

                              
Realização
Annelise Nani da Fonseca
Odille Mazzetto
Rislene Rissi
Roberta Stubs

 A instalação está montada na biblioteca da UEM e assim permanecerá até o dia 30/09

2 comentários:

  1. Roberta, os sentimentos certamente não são de plástico. Descartáveis ou recicláveis, demoram para se decompor.

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  2. Concordo contigo, para mim, sentimento de plástico não sente.

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