domingo, 27 de março de 2011

.XX.



                 sábado, 26 de Março de 2011.estou aqui para ver o por do sol.agora bate 18:36 no relógio e está muito quente.

Esta é a Senhora XX.
Não sei quem ela é, mas a vejo daqui,
do lugar onde meu olho olha.
Por que ela caminha eu não sei.
No que ela pensa sei menos ainda.
Sei que a vejo indo e vindo, e que ela existe e está lá.
Para a vida isto basta, e pela vida também.

9 comentários:

  1. Caminhar é preciso, seja ele qual for.

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  2. Será que ela tb não a está observando e se perguntando o que fazes na janela todo dia?

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  3. Que imagem triste!Ficaria mais triste ainda em preto e branco.

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  4. Apreender antes de querer explicar...
    Explicar apenas é não viver, não querer ver...
    Ao apreender nos possibilitamos ir além, construímos fantasias, criamos novas histórias no velho mundo... poesias que reciclam e dão novo sentido ao dia.

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  5. Pois é mary, as coisas são e ponto. Nessa mania que temos de querer explicar tudo não deixamos que elas sejam, e elas passam a ser na medida de nossas interpretações. Esse é o risco de nosso saber como regime de verdade, esculpir o mundo com o corte exclusivo e autoritário de nosso entendimento. O que mais vibra além e aquém de nossas suposições. Um olhar de abertura, é disso que precisamos, e ele pode ser triste, pode ser alegre, pode ser curto ou amplo, mas pode ser......

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  6. Esse seu comentario Roberta, me lembrou uma parte do livro " O encontro Marcado de Fernando Sabino", em que o Eduardo, personagem principal tem como vizinhu um senhor "fora do comum", irreverente e sabio. ai o Eduardo vai visitar ele, e o senhor todo contente conta ao Eduardo que seu radinho soh funciona encima do vaso do banheiro. (algo assim hehe) ai o Eduardo fala " a a descarga deve funcionar como antena". Ai o senhor responde:
    " eh por isso q vc nao vai pra frente meu filho, quer axar explicacao pra tudo. era tao simpatico da parte dela soh funcionar aqui."
    O livro eh incrivel ;)

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  7. Eu tinha como vizinho um senhor muito simpatico que tinha esse mesmo habito. Mas ele fazia isso na rua. Todas as tardes ele subia e decia um trajeto curto tbm. Nessa ida e vinda ele comprimentava todos nos que passavamos por ele. Eu desde pequeninha axava curioso aquilo, aquele senhor que unia as maos atras das costa e se curvava um pouquinho talvez pra nao perder algum detalhe do chao.
    Toda vez que eu passava por ele eu pensava:
    - um dia vou ter que coragem de pergutnar a ele por que ele faz isso todo dia.
    e isso me mantinha serena.
    ate que um dia me acometeu a ideia:
    - e se ele morrer antes de eu criar coragem?
    fiquei com medo disso. afinal de contas gostaria muito, muito de ouvir a resposta dele.
    outro dia senti mais forte ainda de que eu ia deixar que isso acontecesse.

    E eu deixei.

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  8. Viu Elen, fico muito feliz que tenha entrado no blog e, principalmente que tenha gostado dele mesmo com espanto, afinal olhar para o céu pela tela do computador é realmente inusitado. Volte sempre e sempre, comente sempre e sempre, e quando quiser me pegue no corredor ou na aula para trocar uma ideias sobre o nada, o simples, os passáros e quaisquer coisas que sejam.
    abraços, roberta

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