sábado, 27 de agosto de 2011

-in-process: cadê o lixo do L.I.X.O-


Devo admitir uma coisa, o que menos tem aqui neste blog é lixo, certo? 
Segue aqui uns pensamentos sobro o L.I.X.O in-process que pensam em  mim faz tempo. 

O L.I.X.O aqui é uma provocação crítica à banalização dos vínculos que estabelecemos no e com o mundo, por isso nomeá-lo como sigla, remetendo tanto ao lixo sem alegoria ou figuração, sobras de uma sociedade saturada de objetos lançadas ao abandono, quanto ao lixo como sutilezas expressivas marginalizadas pela pressa e esquecimento. (percebam, que isso está escrito logo ali ao lado, na descrição do projeto inicial)

Um aspecto implicacional, diz do lixo ser produzido pelo humano e estar em todos os lugares, elemento comum em todas as esferas de nosso dia a dia. Remete-nos, pois: ao cuidado-descúido com o que é nosso; responsabilidade-irresponsabilidade com o que produzimos, consumimos e descartamos.   

O termo in-process, por sua vez, refere-se a processualidade da organicidade de nossas relações com o mundo, aos valores e modos de vida profundamente arraigados em nossos hábitos e comportamentos. 

L.I.X.O  in-process, significa.... portanto, o processamento do que há de mais comum e presente em nosso dia a dia, colocando em questão e provocando a re-significação de nossas relações diárias com o mais simples, com o quase imperceptível, com o cotidiano no qual vivemos.

2 comentários:

  1. faço estágio com um orgão que colabora com cooperativas de reciclagem e cada dia que passa vejo que o "lixo" é tão banal quanto produtivo, e o que cada saco de lixo traz em si diz muito sobre a subjetividade de seus antigos donos.. uhaUHA
    temos hoje milhares de pessoas que vivem da venda de material reciclável e campanhas na TV incentivando a reciclagem, mas o lixo para a grande maioria continua sendo simplesmente lixo, e existem grandes absurdos sendo descartados..

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  2. Pois é tainã, cada saco de lixo diz daquele que o jogou, ligar o sujeito ao lixo que ele joga diz de uma comprometimento que várias vezes negamos, colocamos em outrem. Afinal o cheiro do ralo é nosso não é mesmo.

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