sábado, 13 de agosto de 2011

-frações de vento para o tempo-



Foi pensando sobre a relação espaço-temporal que criei esse vídeo na intenção de fazer viver uma uma idéia que Deleuze lança ao falar sobre o cinema:

Se antes o tempo era subordinado ao movimento agora é o movimento que subordina-se ao tempo.

Mas, o que swingnifica isso?
Essa inversão espaço-temporal inaugura caminho expressivo para dizer do tempo vivido, ou tempo fenomenológico. O que se abre é uma imensa possibilidade de vivências espaço-temporais que dizem das experiencias singulares de cada sujeito em relação ao tempo. No cinema, o que vemos é uma série de filmes sem demarcações exatas de começo, meio e fim. Narrativas que exploram o tempo como duração, deixando de obedecer ao tempo Cronos (esse tempo que diz que um dia tem 24 horas), se aproximando mais do tempo Aion (tempo experimentado por cada sujeito na duração de cada instante).
O instante, o encontro, a intensidade, a eternidade de uma fração de segundo, insurgem nesse tempo duração: plano de imanência temporal onde cada um e cada qual, num tempo comum, experimentam um tempo próprio.

3 comentários:

  1. Chamo a poesia:

    "Viver ou morrer é o de menos.
    A vida inteira pode ser qualquer momento."

    (Leve - Iara Renó/Alice Ruiz)

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  2. qualquer momento é tanto que uma vida inteira cabe num instante de luz ou treva. Lindo mesmo sua chamada de poesia Adelina....um sopro

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  3. Obrigada! Mas o seu vídeo fez todo o papel. Muito instigante.

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